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N'EFFACEZ PAS NOS TRACES !

Dominique grange, uma cantora de protesto

 

um filme de Pedro Fidalgo

PORTUGAL/FRANÇA – 2022
Duração : 96 min
Formato de projeção : 1,77 / Son : 5.1

Contact:
+33 683 386 496

neffacezpasnostraces@gmail.com

www.kinomargem.net

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As canções de Dominique Grange acarretam em si marcas do Maio de 68. Exprimem nos dias de hoje a mesma vontade de resistência a todas as formas de opressão. Acompanhadas de desenhos de Tardi, as suas canções evocam os mais recentes movimentos sociais em França e as suas aspirações revolucionárias.

​« Para mim, a canção é uma arma, ainda por cima eficaz, porque podemos escondê-la. Não se vê. Pode ir para qualquer lado, entrar numa fábrica, entrar na prisão, atravessar fronteiras. Pode ser usada por qualquer pessoa. É uma arma universal. »

Dominique Grange

​« Sempre que os direitos dos trabalhadores foram atacados, que o terrorismo de Estado ou o racismo tentaram impor-se, estivemos presentes e a resposta foi sempre a mesma: uma repressão selvagem, bombas de lacrimogéneo, flash ball, gaz pimenta para s olhos, cargas policiais, canhões de água.Mas pouco nos importa, contra todas as provocações, contra o Estado de Emergência e tudo o que inventarem para nos obrigar aficar em casa ou proibir a rua, nos estaremos lá!  »

Tardi

Dominique Grange recebe-nos em casa. Fala-nos do seu percurso e lutas políticas. Através de flashback, viajamos no tempo.  Estas idas e voltas são estruturadas por imagens de arquivo fílmico, sonoro, artigos de jornal animados e, como é óbvio, pelas suas canções. Pouco a pouco, passamos da história pessoal e familiar à memória coletiva, graças aos desenhos de Tardi que acompanham o resto da matéria fílmica. 

Seguindo Dominique Grange descobrimos os lugares, os arquivos, mas também as personagens que a acompanharam em diversas lutas. Trata-se sempre da mesma mulher com o mesmo temperamento rebelde. A «miúda» que cantava nas fábricas ocupadas no Maio de 68 não é nenhuma heroína, apenas uma resistente que recusa compromissos e rendições. Por outro lado, acompanhamos Dominique em estúdio, onde grava com o grupo Accordzéâm, 50 anos depois, um livro-disco: Chancun de vous est concerné. Por vezes, Dominique ensaia em casa, onde encontramos Tardi e os filhos, adotados no Chile. Encontramos a personagem na sua intimidade familiar e descobrimos como trabalha com os músicos.

A última parte do filme é repleta de encontros: com Brigite Gothière, co-fundadora da Associação L214, que milita pelos direitos dos animais. Brigitte e Dominique falam-nos da relação que há entre a luta de classes e a causa animal. Dominique e Tardi encontram o militante anarquista e pacifista Maurice Montet na Radio Libertaire. Explicam a importância do espetáculo antimilitarista Putain de guerre! no contexto atual. Oreste Scalzone e Dominique falam-nos do direito ao asilo num café de uma rua típica de Paris e da extradição dos exilados italianos como Paolo Persichetti e Cesare Batisti. Dominique canta no Jargon Libre, biblioteca anarquista onde se encontra Helyette Besse, ex-prisioneira política condenada por cumplicidade com o grupo Ação Direta. Todos estes encontros permitem relacionar as diferentes causas pelas quais Dominique militou e continua a militar. 

Para terminar, Dominique faz alusão aos grandes movimentos revolucionários desde 1789 à Comuna de Paris, descrevendo-os como «rios subterrâneos» que ressurgem para irrigar as lutas de hoje e de amanhã, como já tinha sido irrigado o Maio de 68.

Realização  - Pedro Fidalgo
Imagem  - Renaud Drovin
Som  - Tristan Philippot
Montagem  - Nadir Hadjérioua
Mistura e montagem de som -  Miguel Morais Cabral
Correção de cor  - Charles Traboulsi
Direção de produção -  Pedro Fidalgo
Conselhos de produção  - Lucile Fanton
Canções  - Dominique Grange

Arranjos - Accordzéâm
Desenhos e voz  - Tardi

Distribuição - Kino Margem Films

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